sábado, 2 de janeiro de 2021

homenagem a Carlos do Carmo (do baú - 2012)




Às oito entram na escola,

na mochila livros e o amanhã;

no chão um joelho que se esfola

é presságio duma coragem sã.

 

O novo torna-se ancião,

é natural que tudo finde;

querem lá saber de tal reflexão,

quem manda na terra é o berlinde.

 

No pátio a bola é rainha, criança...                                         (refrão)

meninas traçam a linha da trança;

esta gente é tua e minha  - esperança!

Que o tempo está na ponta da lança.         

 

Um quer ser futebolista,

a outra astronauta;

no fim somos todos fadistas:

a noss’ alma não nos falta.

 

Ó tu que brincas e saltas,

dá-me algo dessa magia,

traz-me essa nuvem tão alta

onde a vida é irmã do dia.