Às oito entram na escola,
na mochila livros e o amanhã;
no chão um joelho que se esfola
é presságio duma coragem sã.
O novo torna-se ancião,
é natural que tudo finde;
querem lá saber de tal reflexão,
quem manda na terra é o berlinde.
No pátio a bola é rainha, criança... (refrão)
meninas traçam a linha da trança;
esta gente é tua e minha - esperança!
Que o tempo está na ponta da lança.
Um quer ser futebolista,
a outra astronauta;
no fim somos todos fadistas:
a noss’ alma não nos falta.
Ó tu que brincas e saltas,
dá-me algo dessa magia,
traz-me essa nuvem tão alta
onde a vida é irmã do dia.